O convite chegou para finalmente ir ao Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. Eu, que adoro viajar, sempre fui deixando o Salar para mais tarde, mas chegou a oportunidade.
Tudo o que você precisa saber para ir ao Salar de Uyuni
O Salar de Uyuni esconde uma das vistas mais impressionantes do Planeta Terra, mas os relatos das dificuldades do passeio sempre me fizeram protelar. Começamos a planejar com antecedência e… SURPRESA. Foi muito mais fácil do que eu imaginei. Fazendo um planejamento com antecedência e preparação, as dificuldades do passeio se reduzem bastante.
Decidimos fazer a viagem entre os dias 28 de abril e 5 de maio. Queríamos aproveitar o Salar da melhor forma possível, além de conhecer Sucre, Capital da Bolívia (sim, todo mundo que eu questionava sobre a capital, me falava que Sucre é a Capital da Bolívia. Quando eu rebatia com La Paz e com a Internet, jogavam de ombro e falavam que La Paz era apenas a cidade que tinha a Sede do Governo Executivo) Ok. Então, tá bom.
Preparação:
Com 2 meses de antecedência, comecei a me alimentar melhor e a dar uma corridinha na praia. Esses 5 quilinhos perdidos foram fundamentais para aguentar o tranco da altitude e do frio. É muito bom ir com a saúde boa para o Salar. Eu não sabia o que me esperava.
Por indicação de um amigo que já tinha visitado o Salar, contratamos uma empresa especializada chamada Joy Ride. No pacote deles estava incluído o traslado ida e volta entre Sucre e Uyuni, primeira noite de hospedagem no Palácio de Sal, 3 dias de tour pelo Salar com café da manhã, almoço e jantar e duas noites em hotéis no meio do deserto. Trocamos muitos e-mails com o Alvaro, proprietário da empresa e ele sempre se mostrou muito solícito e prestativo, até nos perguntou sobre nossos hábitos alimentares. O preço de tudo foi de 612 dólares por pessoa. Enviamos 50% do valor via Western Union e acertamos a outra parte por lá. A empresa também possui um Hostel bem no centro de Sucre e um café super charmoso, meio com cara de Hard Rock. Em Uyuni existem milhares de empresas que fazem esse tipo de passeio. Dê uma olhada nesse link e veja outros passeios no Salar.
Existem muitas variáveis para se fazer o tour pelo Salar, inclusive indo ou voltando pelo Atacama. Mas como nós queríamos desfrutar tudo o que a Bolívia pode oferecer, decidimos ficar apenas pelos lados bolivianos.
A compra das passagens:
Como todo mundo tinha milhas, trocamos por uma passagem Guarulhos – Santa Cruz de La Sierra. Pesquisamos bastante e vimos que seria a maneira mais fácil, direta e barata de ir à Bolívia. De Santa Cruz poderíamos pegar um voo para Uyuni direto ou para Sucre. Decidimos parar em Sucre na ida e na volta e conhecer um pouco a cidade.
A Bolívia possui 3 empresas aéreas. BOA (Companhia Boliviana de Aviacion), Amaszonas e TAM (Transporte Aéreo Militar – Não tem nada a ver com a nossa TAM). Pelo site da Amaszonas, descobrimos um voo de cerca de 50 dólares a ida e 50 dólares a volta. Conjugamos com a passagem da Gol até Santa Cruz e chegamos no mesmo dia em Sucre. Saiba mais sobre voar de AmasZonas.
O Salar de Uyuni esconde uma das vistas mais impressionantes do Planeta Terra, mas os relatos das dificuldades do passeio sempre me fizeram protelar.
Nos hospedamos no hotel La Merced Um dos hotéis mais confortáveis da cidade de Sucre. Segue detalhes do hotel.
Sucre é conhecida como a Cidade Branca
No dia seguinte, pegamos um transfer particular (já comprado junto com o tour em Uyuni) e fomos em uma viagem de 5 horas até Uyuni. O caminho de Sucre até lá é muito bonito e exótico. O motorista, chamado José, era extremamente gentil e atento a tudo. Cerca de 2 horas e meia depois, paramos em Potosí para almoçar. O motorista nos levou a um restaurante chamado El Fogon, um restaurante simpático e bem localizado no centro de Potosí. Atendimento razoável e comida honesta. José nos contava com orgulho que Potosí já foi uma das cidades mais ricas do mundo por causa da exploração da Prata no século XVII. A cidade fica a quase 4 mil metros de altitude, sendo considerada uma das mais altas do mundo.
Depois do almoço, mais duas horas e meia de viagem e chegamos ao Palácio de Sal para descansarmos e começarmos o passeio de 3 dias e 2 noites pelo Salar de Uyuni.
Começando o Tour:
José nos buscou pontualmente às 8 da manhã e começamos a adentrar o Deserto de Sal. A paisagem branca é deslumbrante e a criatividade corre solta na hora das fotos. Paramos várias vezes para tirar todo o tipo de fotos, experimentamos o sal do deserto e nos divertimos muito. Uyuni é a base do Rally Dakar (Antigo Rally Paris-Dakar) e paramos para tirar fotos na base do Rally em Uyuni, aonde há uma enorme escultura e bandeiras do mundo todo.
Dali, fomos para as famosas Isla Incahuasi. É uma Impressionante Ilha cheia de Cactos no meio deserto com restaurantes, quiosques e lojinhas. O pessoal parou para almoçar, visitar as lojinhas e rodear a ilha. No ponto mais alto, avista-se todo o Deserto.
José cuidadosamente estendeu uma toalha e nos serviu o almoço em uma das mesinhas que ficam na entrada da Ilha. Comemos junto a muitos outros turistas que estavam passeando por ali.
Existem duas épocas distintas para se visitar o Salar. A época da seca (março a novembro) e a época chuvosa. Com as chuvas, forma-se na superfície um verdadeiro espelho refletindo o céu. Umas das paisagens mais lindas do mundo. Infelizmente, fui na época da seca e vou ficar devendo essa foto. 🙂
Anoiteceu e fomos para o Albergue no meio do deserto. Bastante simples e confortável. José nos serviu o jantar e fomos dormir para aplacar um pouco o frio.
Dia 2:
Às 8 da manhã já estávamos de pé para seguir viagem. E passamos por incontáveis paisagens. Laguna Verde e Laguna Colorada, com os seus Flamingos, nos permite uma rara combinação de vida animal, lagoa e montanhas tudo da mesma foto. O árvore de Pedra é um símbolo do Passeio. O Deserto de Dalí possui formações tão surreais quanto à obra. No final do dia, chegamos aos gêiseres e as piscinas termais, já dentro do Parque Eduardo Avaroa. Tomamos um belo banho na piscina termal e nos recolhemos de novo em um albergue em frente a piscina termal.
Dia 3:
Estávamos quase na fronteira com o Chile Acordamos cedo, pois o retorno era longo. Paramos no vulcão Lincacabur para tirarmos fotos e começamos o retorno a Uyuni passando por, pelo menos, uns 4 “Pueblos” que habitam aquela região. Paramos em um deles para almoçar. A simplicidade do povo boliviano estava presente em cada “Pueblo” que conhecemos.
Lá pelas 18 horas, finalmente chegamos no Luna Salada para um merecido descanso de 2 noites.
Depois de um merecido descanso no Luna Salada, fizemos o mesmo percurso de volta para Sucre.
Saímos bem cedo do hotel e passamos pelo centro da cidade de Uyuni para dar uma voltinha e conferirmos o lindo artesanato boliviano. Passadas duas horas e meia, paramos em Potosí, almoçamos no El Fogon e, las pelas 17:30, já estávamos em Sucre e fizemos check-in No Sur Merced para desfrutarmos da última noite em terras bolivianas.
Se precisar de ajuda para ir ao Salar de Uyuni, entre em contato.
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